Para alguns no Brasil pode parecer estranho a afirmação que existe uma escasez de professores, talvez devido as peculiaridades da nossa sociedade e economia, mas o fato é que existe uma crescente preocupação no mundo em geral sobre a falta de professores, que está se intensificando nas últimas décadas.
Este é um fenómeno global, de acordo com um relatório da UNESCO. Embora uma das principais fontes do problema esteja associada ao envelhecimento de nossas sociedades, que deveria compensar e repor estes profissionais essenciais para que o pais seja de fato uma nação, e isso é mais impactante em regiões ainda em crescimento pelo mundo, por outro lado, e deverão contratar um número significativo de docentes inteiramente novos até 2030 (e aqui no Brasil?).
Espera-se que ambos os cenários coloquem desafios consideráveis, uma vez que É difícil encontrar profissionais de ensino e as projeções de novas contratações no mundo em desenvolvimento às vezes ultrapassam o tamanho do estoque total de professores de uma região, lembrando que no Brasil a carreira não é atraente, devido ao salário e as condições de trabalho onde o professor, precisa se deslocar de forma itinerante para ter uma jornada que garanta o mínimo de recursos para sobrevivência.
Segundo a pesquisa, na Europa e a América do Norte se pretende contratar o terceiro maior número de professores entre as sete regiões mundiais analisadas, com 4,8 milhões até 2030. A maioria destes são cargos que substituem professores que se aposentam ou abandonam a profissão. No total, as novas contratações necessárias até 2030 representam um crescimento de 38% em comparação ao ano de 2022. Situação é semelhante no Sudeste Asiático, bem como na América Latina e nas Caraíbas. A Ásia Oriental, que procura contratar novos professores e substitutos, prevê, no entanto, apenas 21% do total de professores em 2022 em novas contratações necessárias para atender a demanda atual.
A situação é totalmente diferente na África Subsariana e no Sul da Ásia, onde é necessário preencher mais novos postos de trabalho, uma vez que as populações regionais continuam a crescer, devido ao grupos maiores de crianças que entram em idade escolar. Apesar da alta necessidade de 4,7 milhões de professores inteiramente novos até 2030 (e 3,1 milhões necessitando ser substituídos), o número era apenas de 52% para o Sul da Ásia. De acordo com a UNESCO, os países com populações crescentes, como os da África Subsariana e do Sul da Ásia, precisam melhorar a atratividade da docência, contratar e reter os profissionais. O relatório conclui que é pouco provável que a África Subsariana atinja a meta de contratação até 2030.
Fonte: statista